quarta-feira, 18 de junho de 2014

E onde está a Rizoma?

Ao longo da semana, uma das palavras mais lidas aqui no blog foi rizoma. Conforme já foi dito aqui, a rizoma nada mais é do que as passagens subterrâneas do pensamento, sendo usado como forma de testar a inteligência e encontrar começos. Mas, que começos são estes? Onde está essa rizoma? Testar a inteligência? 

Pode parecer estranho, mas todos nós já tivemos algum contato ou experiência com rizoma. Ela está mais perto do que tudo. Quer ver só? No livro "Você é o que você compartilha", Gil Giardelli traz vários exemplos de novos começos e possibilidades nesse mundo cada vez mais cibercultural.


Receber um abaixo-assinado virtual,quem nunca? A avaaz.org recebe milhares de assinaturas no mundo todo para as mais diversas causas. Só no Brasil, já foram feitas coletas de assinaturas contra a permanência de Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Cãmara dos Deputados, rodeios,testes em animais,entre outros.Experimente hoje fazer o mesmo só com papel,caneta e um sorrisinho. Vai encarar? Muito mais que coletar assinaturas, esta ferramenta amplia a participação das pessoas, já que é possível compartilhar e convidar os amigos e demais contatos a fazer o mesmo: assinar sem sair de casa. 


Brasília é longe e acompanhar o que os políticos fazem e decidem no Congresso é algo cada vez mais importante.Afinal, #OgiganteAcordou certo? Então, faça seu cadastro no Votenaweb e saiba os projetos de lei que são apresentados pelos deputados e senadores. O Votenaweb permite que o usuário comente sobre o projeto,acompanhar o status (aprovado,em votação...) e saber o que os demais usuários pensam a respeito. Vale a pena conferir.

Com tanta coisa na web facilitando a vida dos cidadãos, como ficam as obras literárias clássicas? Vão pra web também! Foi com esse intuito que a plataforma Mil Casmurros foi criada. Mais de mil pessoas se cadastraram para contar a história de Dom Casmurro, um clássico de Machado de Assis.

Estes são alguns exemplos de como este conceito de rizoma está presente em nosso cotidiano. E você,lembra de mais algum?

por Ana Luiza de Oliveira

Articulando obstáculos e inventários – A relação entre corpo e consciência



   O título desse post aqui pretende mostrar o ponto que mais me chamou a atenção na apreciação de alguns itens do inventário. Cada obra, à sua maneira, aborda a relação entre corpo e consciência, mesmo que este não seja o tema principal. Trabalhar com esse ponto nos permite ainda discutir e fazer uma espécie de síntese com os conceitos dados como obstáculos. No entanto, a colaboração dos colegas será fundamental para comentarmos outras abordagens e “alargarmos” nosso entendimento e definições. Esse post é apenas um ponto de partida.
    Em Neuromancer, de William Gibson, somos apresentados a Case, um cowboy do ciberespaço. O autor define esse local como uma espécie de alucinação consensual. Isso é interessante, pois faz a ligação direta do conceito com a nossa mente. A profissão de Case é viajar pela matriz (assim estava na tradução que tive acesso, que não é muito boa), invadir sistemas e roubar dados. A consciência é que viaja pela rede, como se fosse independente da matéria. O próprio herói de Gibson afirma que “o corpo é uma prisão”. A adrenalina desses mergulhos no ciberespaço é o grande vício do nosso cowboy. À carne, resta o desprezo.    Como lembra o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, a informação é a terceira dimensão da matéria, junto com a massa e energia. O futuro do corpo, então, é ser um mero repositório, como um HD, de dados e informações da consciência? 
   A matriz de Neuromancer, imaginada ainda nos anos 80, é o que podemos chamar de rede. O autor a define como uma “brilhante esteira de lógica desdobrando-se pelo vazio sem cor”. Nesse lugar, a mente viaja sem limites. Ora, se entendemos o rizoma como método de produção de conhecimento onde se pode fugir, esconder, sabotar, confundir, cortar caminho, concluímos que já não mais estamos falando de estruturas fechadas e totalizantes. As redes que montamos na internet, ou o nosso ciberespaço, se parecem muito com o modo como é abordado o rizoma.
   Recorro agora ao romance a “Invenção de Morel”, para voltarmos ao problema do título. O que chama a atenção era a presença da questão, já em 1940. Para o narrador-personagem da obra, “perdemos a imortalidade porque a resistência à morte não evoluiu; seus aperfeiçoamentos insistem na ideia primitiva, rudimentar, de manter vivo todo o corpo. Só se deveria procurar conservar o que interessa para a consciência”. Essa ideia vai balizar toda a trajetória da personagem e sua decisão surpreendente de “matar” a carne para viver como imagem e ideia, para ficar na eternidade com uma amada improvável (aqui escolhi não dar mais spoilers para não estragar a surpresa do romance). 
  Obviamente, a capacidade real de dissociar corpo e consciência por meio do ciberespaço ainda é ficção para nós. Mas é impressionante a capacidade de antecipação dos artistas quanto às questões da ciência e do conhecimento. A meu ver, a liberdade formal de criação é o ponto essencial aqui, pois confere a arte a autonomia de tematizar a cultura. A expressão do subjetivo tem um compromisso diferente com o conhecimento científico, nosso ponto de discussão, pois a arte não tem função, um ponto de chegada e de partida. Ela se refere s domínio técnico e conteúdo, e por isso pode levar os temas da nossa vida e cultura à tensão dos limites.
  Encerro essa minijornada de indagações com o filme “Ela”, de Spike Jonze, onde somos apresentados a um romance nada convencional. Theodore, o personagem principal, se apaixona por um sistema operacional de última geração dotado de sentimento e senso de humor humanos (ou seriam sobre-humanos?). O que mais puxou minha reflexão sobre o filme foi pensar: com quem Theodore está realmente falando? O que implica se relacionar com um outro sem corpo, que é só “consciência”? No final, o que definirá nossa humanidade?


Paro por aqui, já me alonguei demais. Vamos à discussão!!!

por Victor Hugo C. Caldas

Entendendo o gênero ficção

  Para entender um pouco como é a relação da ficção com o conhecimento científico, acho necessário compreender antes o que é a ficção.
  Como um gênero, literário e cinematográfico, a ficção é em si uma narrativa baseada no imaginário, podendo refletir ou se basear em fatos reais, mas havendo sempre uma mistura do real com o imaginário.
   A ficção que lida com o impacto da ciência sobre a sociedade ou os indivíduos é denominada de ficção científica. Existem alguns elementos que são comuns deste gênero, os quais gostaria de apontar. A ficção científica procura trabalhar em cima de como a tecnologia e o conhecimento científico podem afetar ou influenciar a vida em sociedade e o comportamento do homem. Os autores procuram guiar as histórias através de elementos que se apoiariam em possibilidades reais, explorando esse conhecimento de forma que crie possibilidades e cenários ainda não alcançados pela ciência. Segundo a enciclopédia escolar Britannica “em geral, a ficção científica procura divertir. Contudo, muitas histórias desse tipo de história imaginam também como as pessoas poderiam agir e se relacionar entre si. Dessa maneira, a ficção científica pode ajudar a revelar coisas importantes sobre a natureza humana e a sociedade”.  
     Assaf (2014), diz que “como toda produção cultural humana, a ficção científica carrega em si uma boa dose de influência da realidade que cerca o autor, suas perspectivas de humanidade, suas ideias sobre o mundo e sobre a sociedade”. Marcos Lobato, citado por Asaff, acredita que “na ficção científica, o futuro é metáfora do presente. A obra de ficção científica, ao projetar futuros, problematiza o presente e lança luz sobre o passado."
   Com tantos argumentos, não há como negar a existência dessa relação entre ficção e conhecimento científico na literatura e no cinema. Um dos autores de ficção reconhecidos como mestre do gênero é Isaac Asimov. Ele foi considerado, ainda em vida, um dos "Três Grandes" escritores de ficção científica, além dele estão os autores Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke. Uma de suas obras é I, Robot (1950), uma coletânea de contos que aborda a evolução dos robôs. Outros exemplos, são os filmes Matrix, Johnny Mnemonic, e o mais recente Her, que ganhou o Oscar de melhor roteiro em 2013.


Referências

ASSAF, Igor. Ficção científica e especulações sobre o mundo. Disponível em: http://lounge.obviousmag.org/sociocratico/2014/01/ficcao-cientifica-e-especulacoes-sobre-o-mundo.html. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção científica. In: Britannica Escola Online. Enciclopédia Escolar Britannica, 2014. Web, 2014. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/482467/ficcao-cientifica>. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção científica. In: Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficção_científica>. Acesso em: 18 de junho de 2014.

Ficção. In: Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficção>. Acesso em: 18 de junho de 2014.


por Thamara Lima

Mundo Virtual: reflexão


Um executivo entrou num restaurante carregando um computador de mão, escolheu uma mesa bem afastada, para almoçar, e ao mesmo tempo, adiantar alguns trabalhos pendentes. Estava louco para entrar de férias, pois sua vida era muito corrida. Fez seu pedido, um filé de salmão caprichado. Enquanto abria seu computador, ouviu uma voz: Era um menino, que pediu:

- Tio, dá um trocado?

Atento ao computador, disse que não tinha. Mas o menino insistiu:

- Só uma moedinha, tio, para comprar um pão.

Sem tirar os olhos da tela do computador, e tentando se livrar da criança, o homem falou que 
compraria o pão. O menino ainda pediu:

- Tio, pede para colocar manteiga e queijo também?

Ao perceber que não se livraria tão rápido assim da criança, falou:

- Tá bom, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado.

Sua comida chegou, mas ele ficou constrangido, pois o garçom perguntou se queria que tirasse o menino dali.

O homem respondeu:

- Não, ele fica. Traga um sanduíche de queijo com manteiga, e uma refeição decente para ele.
Nesse momento, o menino se sentou e perguntou o que o homem estava

Fazendo. Ele respondeu:

- Estou lendo uns e-mails.

O menino não entendeu e o homem tentou explicar:

- Emails são mensagens mandadas por pessoas via Internet. É como se fosse uma carta, só que via Internet, dentro do computador.

Querendo entender o menino perguntou:

- O que é Internet, tio?

E o homem explicou:

- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.

O menino quis saber mais:

- E o que é virtual, tio?

Tentando se livrar de tantas perguntas, começou a explicar ao menino:

- Virtual é um local onde imaginamos algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em como queríamos que fosse.

O menino, atento, respondeu:

- Entendi tio, eu também vivo neste mundo virtual.

O homem perguntou se ele tinha computador e o menino respondeu:

- Não, mas meu mundo também é virtual: Minha mãe sai de madrugada e só chega em casa muito tarde, quase não vejo ela. Eu fico com meu irmão pequeno que chora de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai tá preso há muito tempo. E eu fico imaginando, minha família junta em casa, com muita comida, muitos brinquedos de Natal, e eu, indo para a escola, para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?

Naquela hora, o homem, emocionado, evitando chorar, fechou seu computador. Enquanto esperava o menino terminar sua refeição, pensava no que aquela criança o fez lembrar: da prática da solidariedade. Algo que ele já tinha se esquecido. Pagou a conta, deu o troco para o menino. Antes de ir embora, o menino, satisfeito, agradeceu com um sorriso puro, verdadeiro, e falou:

- Obrigado, tio! Você é legal!

LIÇÃO DE VIDA: Muitas pessoas vivem num mundo só delas, cheio de egoismo se esquecendo que no mundo real existem pessoas precisando da sua ajuda.


Fonte: http://www.showdoclovismonteiro.com/mundovirtual.htm


Deixo este texto para refletirmos sobre nossa condição humana, imersa no ciberespaço, compenetrada e repleta de desigualdades sociais e falta de atenção ao "mundo real" enquanto vivenciamos nossa realidade paralela no mundo virtual.


Rizoma: o que é?


O rizoma é a forma que a comunicação escrita mais é utilizada no virtual através dos hipertextos.
No mundo contemporâneo nos deparamos com o excesso de informações e a urgência de seleção dessas informações. A estrutura de uma narrativa hipertextual vem permitir melhor desempenho nesta seleção de informações.
O Hipertexto possui uma interfase explorativa  O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível.
Enfim, as partes de um hipertexto fazem sentido, mesmo sendo deslocadas do seu eixo central ou enredo. Ele possibilita a livre escolha, por onde começar e em que ordem seguir.
O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível.”

Referência


Infoescola. Disponível em: http://www.infoescola.com/informatica/hipertexto/. Acessado em: 18 de jun de 2014

por Sheila